"Todos dizem ser forte o rio que tudo arrasta. Ninguém diz serem fortes, as margens que o comprimem"

sábado, 29 de junho de 2013

Sexy 20’,

Arrancou o ‘Sexy 20’, o passatempo mais sensual do Paíse mais uma vez o Diogo Morgado está nomeado . Feita a selecção dos nomes a votar por um júri de figuras públicas, cabe agora aos leitores escolherem as dez mulheres e igual número de homens que passam à segunda fase do passatempo. Pode ligar as vezes que entender





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fonte :http://www.vidas.xl.pt

Diogo Morgado garante: “Serei sempre o miúdo da Margem Sul”

Depois do sucesso nos EUA, onde foi fotografado para a CARAS, o ator regressa ao trabalho em Portugal.










Dias antes do regresso a Portugal, a CARAS percorreu com Diogo Morgado alguns dos lugares mais emblemáticos de Los Angeles. Já em Lisboa, conversámos com o ator sobre o impacto que teve na sua vida o sucesso internacional que alcançou ao dar corpo à figura de Jesus Cristo na minissérie A Bíblia.

Sem ares de estrela, o ator português agradece o reconhecimento além-fronteiras, mas continua a pessoa de sempre, de pés bem assentes na terra. O filho, Santiago, de três anos e meio, fruto da relação com Cátia Oliveira, é a sua prioridade e assume que este lhe abriu as portas para uma nova dimensão da vida.

– No meio da euforia gerada pela sua interpretação de Jesus Cristo, em algum momento sentiu que corria o risco de deixar de ter os pés bem assentes na terra?

Diogo Morgado – Não, nunca senti isso. Serei sempre o miúdo que cresceu na Margem Sul com fome de aprender.

– Há quanto tempo está a viver fora de Portugal? É difícil lidar com as saudades?

– Se considerarmos viver fora de Portugal o estar fora uns meses e voltar, então nesse caso ando nesse vai e vem talvez há dois anos. É claro que é difícil lidar com as saudades, mas a maioria das vezes a família vai comigo.

– Dar vida a Jesus Cristo e alcançar sucesso mundial com essa interpretação trouxe inegavelmente alterações à sua vida...

– Não sinto assim tantas alterações na minha vida. Trabalhar fora de Portugal não é propriamente uma novidade para mim. A única alteração tem mais a ver com a gestão do tempo e as disponibilidades para eventuais trabalhos, é talvez o mais complicado.

– Já era um ator conhecido, mas só depois de aclamado no estrangeiro é que ganhou um certo reconhecimento em Portugal. Sente-se algo injustiçado?

– Não sinto isso. Senti que os portugueses ficaram muito orgulhosos com o reconhecimento que um português de gema teve lá fora e tudo o que recebi foi um incentivo ainda maior para continuar o que tenho vindo a fazer. Repare, eu tenho tido a felicidade de trabalhar praticamente sem interrupções, dizer que isso é não saber reconhecer o meu trabalho seria estúpido e ingrato da minha parte.

 – ‘Ser’ Jesus Cristo implica certamente uma preparação especial. Como fez a sua?

– Correndo o risco de me repetir, tenho que dizer que a preparação tem muito a ver com a disponibilidade que uma figura destas exige, disponibilidade física, mental e espiritual. Para mim foi uma experiência muito pessoal, como tal, é difícil explicar o processo. Talvez só agora comece a refletir racionalmente sobre o que aconteceu.

– Essa preparação obrigou-o a fazer, de alguma forma, uma espécie de viagem espiritual?

– Sem dúvida. Acho que, independentemente daquilo em que se acredita, da religião de cada um e das suas convicções, é inegável o poder da história e figura de Jesus Cristo. É a história do altruísmo máximo, é impossível não ser tocado por isso. Logicamente que tive de analisar e reavaliar muitas coisas na minha vida que doutra forma provavelmente não teria feito.

– A sua relação com a religião mudou?

– Até parece que a religião é uma identidade! Não vejo assim. Acho a religião uma convicção pessoal, que diz respeito a cada um. Eu sou a favor de todas as formas de religião que tornem as pessoas melhores e mais altruístas no mundo.

 – Mas acredita em Deus?

 – Acredito. Se bem que Deus quer dizer coisas diferentes para cada um.

– Num mundo que vive tempos tão conturbados, ter fé é importante?
– Acho que o que nos distingue verdadeiramente dos animais é a nossa capacidade de amar, acreditar e ter fé. Agora, mais do que nunca, temos de acreditar.

 – Como foi gravar cenas com uma carga emotiva tão grande?

 – Não foi a carga emotiva das cenas que mexeu mais comigo, mas sim o facto de saber a importância que elas representam. Sentir que cada silêncio, cada respiração teriam uma leitura importantíssima.

 – Que momento das grava­ções se tornou inesquecível?
vi uma versão como aquela dessa cena.

 – Trabalhar com colegas e equipas de uma nacionalidade diferente não deve ser fácil. Como se sentiu?

 – Pelo contrário, é extremamente fácil. Nada do que se faz lá fora é mais ou menos do que fazemos no nosso país. A grande diferença é apenas a escala em que tudo é abordado e executado, mas no fim do dia será sempre uma equipa e atores a tentarem fazer o melhor que podem e sabem.

– Aos 32 anos, sente-se realizado como profissional?

– Sinto-me satisfeito como profissional. Realizado acho que nunca me vou sentir, porque é essa fome que nos faz querer sempre aprender e crescer.

–  E como ser humano?

– Sinto-me muito feliz e agradecido por tudo o que tenho.

– Como tem sido este regresso a Portugal?

– Para já, comecei a rodagem da nova novela da SIC, Ambição, mais tarde talvez haja mais novidades. Estou muito feliz, não só com o projeto como com a minha personagem.

O que é que o move e o faz lutar sempre?

– Acreditar.

– É feliz?

– Sim, sou muito feliz, mas ainda quero ser mais.

– Como imagina a sua vida daqui a dez anos?

– A trabalhar, a contar historias, sejam elas de que forma for, a representar, a escrever, a realizar ou produzir, ou até talvez em cima de um banco no meio da rua. O que amo é a capacidade que o ator tem de inspirar, entreter, ou fazer refletir quem assiste. Isso é a forma de me sentir vivo.

– Gostaria de deixar algumas mensagens aos portugueses que vibraram com o seu sucesso?

– A única coisa que posso dizer é agradecer todo o carinho com que a série e o meu trabalho foram recebidos. E também que sinto um orgulho enorme no nosso país e por ter contribuído mais um bocadinho na divulgação do nome de Portugal lá fora. Temos muito mais valor e capacidade do que julgamos. Gostava que parássemos de pensar em nós como coitadinhos
Fonte: www.caras.pt

sábado, 22 de junho de 2013

GALA GQ Men Of the Year

Diogo Morgado entrevistado pelo Los Angeles Times - The Contenders: Diogo Morgado's human touch in 'Bible's' Jesus

Os contendores: O toque humano de Diogo Morgado como Jesus na 'Bíblia'

A minissérie 'A Bíblia' levantou o Diogo Morgado para um novo nível de fama e o papel de Jesus ensinou-lhe que aulas de atuação não prepara um ator para o papel do filho de Deus.
Os produtores Mark Burnett e Roma Downey tinham aspirações elevadas para a sua minissérie "A Bíblia", mas os fãs no Twitter que apelidaram o Diogo Morgado "Hot Jesus" encontraram prazeres mais terrenos no programa Histórico também.
Morgado não era bem conhecido fora do seu país, Portugal, antes dos cinco episódios da Bíblia' no Canal de História, mas dado as audiências da série que superou 13 milhões de espectadores nos Estados Unidos por algumas semanas, é seguro dizer que ele é hoje um rosto conhecido. ("Eu te conheço de algum lugar ... igreja?") Um piloto de corridas ("Born to Race: Fast Track") e amigo dedicado de um criminoso ("Red Butterfly") são os próximos projectos, mas até lá, ele vai ter que se contentar ser conhecido como o filho de Deus.
Como é que se preparou para interpretar Jesus? Os instrumentos habituais de um ator não parece que seriam de muita ajuda.
Percebi que não é um personagem. Se houvesse uma personagem, seria muito mais fácil, porque eu teria a liberdade para fazer o que eu queria. A parte difícil foi perceber o quão forte Ele é, como Ele é vivo para milhões de pessoas em todo o mundo. A Bíblia e o cristianismo moldou o mundo como nós o conhecemos, especialmente no mundo ocidental. Não é apenas uma história, é uma filosofia. Então, eu tentei dar no meu processo natural como ator e apenas tentar abraçar a mensagem de que tem feito a história prevalecer por muito tempo. É uma mensagem universal de amor, compaixão e fé, e isso quase não importa a fé em quê. Mesmo os ateus podem ser tocados ..
É interessante que você diz isso, porque o que distingue o seu Jesus é a forma como Ele parece ser humano. Parte da razão para o "Hot Jesus", é que as pessoas estavam se conectando com você como uma pessoa, e não apenas uma encarnação da divindade.
Cada vez que via um projeto com a figura de Jesus, eu sempre achei que Ele era retratado com um pouco mais elevado e acima do comum mortal. Essa versão é OK, mas já vimos isso. Eu pensei que a única maneira de trazer algo novo era fazer os possíveis para Ele ser humano, mas ao mesmo tempo, tanto o filho de Deus quanto possível. Jesus era 100% homem e 100% o filho de Deus. Eu tentei fazer isso de uma maneira que iam saber exatamente de onde Ele tinha vindo. Às vezes, mesmo ele é surpreendido pelos seus próprios milagres. Com Lázaro, embora Ele soubesse que Ele poderia fazer isso, ainda é algo incrível ver - apenas inacreditável. Se Jesus é tão humano como nós pensamos que Ele poderia ter sido, por que não dar-lhe uma reação emocional a isso?
O seu Jesus quase sai como arrogante às vezes. Os fariseus estão constantemente a tentar enganá-lo para que ele se chame o rei dos judeus ou opondo tributação romana, mas Ele supera-los, e Ele fica satisfeito com isso.
Eu tentei desempenhar coisas que eram lógicas naquele momento. Eles estavam vivendo numa época em que as crucificações eram, se não diária, semanal, com certeza, quase como um show de horrores, eram tempos muito oprimidos. Imagine este estranho, este estrangeiro, vindo, apenas sorrindo - já era algo magnético. Agora, se nós virmos uma imagem de Jesus sorrindo, pensamos: "Oh, este é um bom Jesus". Mas então, isso significava muito mais do que isso. Ele era um homem revolucionário para a época. O que eu acho que é bonito é que Ele tinha um jeito de fazer-se entender, mas de uma forma suave e não hostil.
Como foi esta experiência toda, não apenas fazendo a parte, mas o grande sucesso da "Bíblia", que teve em todo o mundo, afeta a maneira que você pensa de Jesus?
Eu cresci cristão. Eu cresci com Jesus. Por isso, foi parte de quem eu sou. O que era especial para mim foi que eu nunca acreditei muito que um homem podia fazer a diferença. Eu tinha essa maneira de pensar que você precisava de mais de um grupo para mudar as coisas. Eu percebi que a única razão pela qual estamos neste mundo é que nós temos que ser gratos pelo que temos, e a única maneira de fazer isso é para apreciar os outros em vez de si mesmo. Foi algo sobre esse show que certamente me mudou, este sentimento de gratidão por aquilo que eu tenho e apreço pelas pessoas que estão à minha volta e a maneira como eu lhes mostro. Percebo que é realmente a maneira natural e simples em mudar o mundo.

Diogo Morgado. De "hot Jesus" a piloto com sotaque italiano (com vídeo)




Diogo Morgado soma e segue. Depois de ter encarnado a pele de Jesus, um "hot Jesus", segundo avaliação de Oprah Winfrey, o ator português está de volta ao cinema americano. Desta vez no filme Born to Race: Fast Track.
Diogo Morgado é Enzo Lauricell, um corredor de carros, com "sotaque italiano", segundo assume o próprio ator na sua página de Facebook.
Realizado por Alex Ranarivelo e escrito por Steve Sarno (argumento), com Steve Sarno (história), o filme conta a história de Danny Krueger (Brett Davern), um corredor que joga de acordo com as suas próprias regras.
Depois de ganhar uma bolsa para paticipara na mais prestigiada Fast Lane Racing Academy, Danny encontra-se em competição com alguns dos maiores corredores do mundo. Entre os quais Enzo Lauricell, encarnado por Diogo Morgado.

O ator português deu nas vista nos Estados Unidos depois de ter encarnado o papel de Jesus na mini-série americana A Bíblia, que se tornou um êxito televisivo na Páscoa deste ano, ao ser visto por 100 milhões de espectadores.

Diogo Morgado disputa Emmy com Al Pacino: «Sinto orgulho e uma profunda honra... Não há palavras»


Diogo Morgado está nomeado para o Emmy de Melhor Ator Principal em Mini-ssérie pela sua interpretação no papel de Jesus em "A Bíblia", de Roma Downey e
Mark Burnett. 

E se isto não fosse por si só razão de felicidade, saber que disputa o prémio com Al Pacino, um dos melhores atores de Hollywood, é ainda um motivo maior para Diogo Morgado festejar: «As indicações às nomeações já estão a votação. Mas o maior prémio, já o recebi. Ser indicado na mesma categoria do mestre Al Pacino. Sinto orgulho e uma profunda honra... Não há palavras!», escreveu o ator na sua página de Facebook. 

Aos 33 anos, Diogo Morgado vive, sem dúvida, o seu melhor momento profissional. Depois do sucesso que a minissérie «A Bíblia» teve nos Estados Unidos, que levou mesmo o ator a ser convidado para o programa da famosa apresentadora Oprah Winfrey, chega agora a nomeação para um Emmy. 

Aliás, recentemente, por ocasião dos Globos de Ouro, «Hot Jesus» - petit nom que ganhou nos EUA, numa referência à sua beleza - mostrou-se profundamente grato pelo momento que está a viver. «Não tinha a noção do sucesso que a série ia ter. É emocionante ver o carinho com que sou tratado em Portugal e no estrangeiro», revelou.

sexta-feira, 21 de junho de 2013

Getty Images - Colecção " Contour by Getty Images"

A Famosa fotografa Miranda Penn Turin fotografou o Diogo Morgado, no dia 24 de Abril, em Los Angeles, California, para o catalogo da Getty Images e fazem parte da colecção " Contour by Getty Imges"




Os nossos agradecimentos á nossa amiga Luisa Catita Ervalho

quinta-feira, 20 de junho de 2013

1º NATAL LUX - 2000 - Diogo Morgado & O Irmão




No Alentejo, em frente á lareira, a conversar e a brincar. Vai ser assim que Diogo e Pedro vão abrir os presentes de Natal. Para eles uma noite mais apetecivel por ser em terras do Sul, mas acima de tudo um momento aproveitado para gozar a companhia um do outro. Sem limites

Vai estar a ensaiar uma nova peça de teatro durante o mês de Dezembro. E o mais provavel é que se junte á familia apenas na véspera de Natal, passe com eles o dia 25 e volte a correr para Lisboa.
Este ultimo ano foi assim entre novelas, gravações do programa Lux e uma peça de teatro, o tempo de Diogo para desfrutar da familia foi curto. Mas de todos, aquele que sentiu mais ausencia foi de Pedro, o irmão de 13 anos, que é o amigo, companheiro de conversas e brincadeiras e, por vezes, o filho: " Sempre tivemos uma relação mais proxima mas ultimamente as coisas não têm corrido como queriamos, não estamos sempre perto e não passamos tanto tempo juntos como gostariamos". Pedro até pode não fazer queixas mas confessa: " Tenho sentido muito a falta dele". Diogo acrescent: " E eu também tenho sentido muito, porque o meu irmão inspira-me, faz-me falta senti-lo pero de mim. Agora optei por começar a levá-lo para todo o lado".
E porque estão cheios de saudades, neste Natal vão aproveitar cada segundo para desfrutar da presença um do outro: "Vai ser especialmente bonito porque vamos passá-lo na nossa casinha no Alentejo, com aquelas comidas saborosas e tardicionais. Lá é muito melhor, até está mais frio e dá mais vontade de estarmos todos á lareira, Este ano vamos passar um Natal original, com rabanadas, peru, até optamos por ser bastante radicais e fizemos uma árvore de Natal (risos). Fora de brincadeiras, temos o habito de juntar o maior numero possivel de familiares. Damos muito valor ao estarmos todos juntos".
A tradição cumpre-se também á hora de abrir as prendas: " Fazemos todos questão de esperar até á meia-noite". Na hora de as comprar, no entanto, a responsabilidade acaba sempre por cair nas costas do Pedro : " Ele em casa é o que se preocupa mais com prendas. Duas semanas antes já anda á procura delas. Eu não tenho muito tempo para procurar mas adoro presentear as pessoas que amo. Gosto muito mais de dar do que de receber, até porque  não sei muito bem receber, fico sempre envergonhado".

quarta-feira, 19 de junho de 2013

Diogo Morgado na luta com Al Pacino - Correio da Manhã

Morgado na luta com Al Pacino


A interpretação de Diogo Morgado em " A Biblia" conquistou telespectadores
 pelo Mundo.

Matt Damon, Michael Douglas, Rob Lowe e Billy Zane

 são outros candidatos.


O papel de Jesus na minissérie ‘A Bíblia’ catapultou a carreira internacional
de Diogo Morgado. Depois do sucesso de audiências a nível mundial, que
 levou Oprah Winfrey a convidar o português para o seu programa, Diogo
 Morgado acaba de ver o seu nome incluído no lote de pré--nomeados para o
Emmy de melhor ator principal numa minissérie ou num filme.
Ao seu lado estão nomes consagrados de Hollywood, como Matt Damon e
 Michael Douglas (pelos papéis de Scott e Liberace em ‘Behind the
 Candelabra’), Zachary Levi (Gus, em ‘Remember Sunday’), Rob Lowe (Jeff,
em ‘Prosecuting Casey Anthony’), Isaiah Washington (Lawrence, em‘The
Undersheperd’) ou Al Pacino (Phil Spector, no filme com o mesmo nome).
 



 
Oprah conviveu com o ator


A lista com os pré-nomeados está em votação até 28 de junho. A 18 de
 julho serão conhecidos os finalistas.
No Facebook, o ator português disse aos seus fãs que os candidatos
 "às nomeações já estão a votação". "Mas, o maior prémio, já o recebi.
Ser indicado na mesma categoria do mestre Al Pacino. Sinto orgulho
 e uma profunda honra... Não há palavras".

Nos EUA, o episódio de estreia de ‘A Bíblia’ bateu um recorde de
audiências, ao ser visto por 13,1 milhões de pessoas. Em Espanha,
 emitida pela Antena 3, a ‘A Bíblia’ foi também líder de
audiências. Em Portugal, a SIC emitiu a minissérie no fim de
semana de Páscoa. No sábado, foi vista por 1 193 000 pessoas
 (37,1% de share), e no domingo o resultado melhorou para
 1 352 600 telespectadores (38,8% de share).

Diogo Morgado Pré Nomeado para os Emmys - Correio da Manhã


Diogo Morgado pré-nomeado para os Emmys



"Sinto orgulho e uma profunda honra", disse o ator
.
O ator português Diogo Morgado integra a lista dos pré-nomeados para os prémios Emmy, na categoria de melhor ator principal numa minissérie ou filme, graças ao seu papel de Jesus Cristo na minissérie ‘A Bíblia’.
“O maior prémio, já o recebi. Ser indicado na mesma categoria do mestre Al Pacino. Sinto orgulho e uma profunda honra... Não há palavras”, escreveu o ator na sua página de Facebook. Além de Morgado e de Al Pacino (pelo papel de Phil Spector, no filme com o mesmo nome), fazem parte desta lista estrelas de Hollywood como Matt Damon e Michael Douglas (pelos papéis de Scott e Liberace em ‘Behind the Candelabra’), Zachari Levi (Gus, em ‘Remember Sunday’), Rob Lowe (Jeff, em ‘Prosecuting Casey Anthony’) e Isaiah Washington (Lawrance, em ‘The Undersheperd’), entre outros.
 
A minissérie ‘A Bíblia’ foi um sucesso nos EUA, onde o episódio de estreia de ‘A Bíblia’ bateu um recorde de audiências, ao ser visto por 13,1 milhões de pessoas. O exito levou mesmo Oprah Winfrey a convidar Diogo Morgado para o seu programa.               
 
 
A lista com os pré-nomeados vai estar em votação até 28 de junho. A 18 de julho serão conhecidos os finalistas.
 

Diogo Morgado - A Entrevista ao Jornal Publico

O miúdo que jogava futebol no Fogueteiro foi à Oprah


E aos 32 anos, Diogo Morgado foi Jesus. Um hot Jesus, visto por 100 milhões de pessoas (ninguém esperava, nem ele, nem os produtores). Foi entrevistado por Oprah Winfrey, comeu um cachorro quente com ela (como toda a gente sabe). O que é que se percebe quando se está lá? Que é tudo uma questão de dinheiro. E que não se pode esquecer o lugar de onde se vem
Passavam poucos minutos das onze da manhã quando recebo uma mensagem de Diogo Morgado. Estava ligeiramente atrasado e pedia desculpa por isso. "Não tem problema", respondi. "Tem, tem", replicou ele.
Nos Estados Unidos não se chega atrasado. A entrevista tinha sido marcada através de uma agente e eu não sabia se ele ia chegar à americana, com agente, assistente, staff. Mas chegou à portuguesa, sozinho, descontraído, sem maquilhagem. O oposto do que foi a maratona de promoção da série A Bíblia, cujo sucesso suscitou esta entrevista.
Diogo Morgado não poderia dizer a Oprah que já anda há uns anos a virar frangos (portuguesíssima expressão para dizer que anda há uns anos nisto). Foram precisos uns anos para chegar onde chegou. Que é onde? A que é que corresponde? É preciso fazer o quê para chegar aqui? E a máquina, vista de perto, é como? Estes foram alguns dos pontos de partida. Quando nos despedimos, ele quis pagar o capuccino. Eu insisti: "Isto é trabalho." Ele foi bem educado.
(Tenho uma pergunta provocadora, para começar.

Uma entrada a pés juntos!
"Entrada a pés juntos"?

É a expressão futebolística para cartão vermelho. Quando os tipos vão atrás da bola e entram a pés juntos, pode ser vermelho directo.
Espero que não dê sequer amarelo. A pergunta provocadora:) protagonizar uma série que é vista por 100 milhões de pessoas dá para ficar rico?

Não, não dá. O mercado americano distingue-se em classes e subclasses. A classe mais privilegiada é a do sindicato, o SAG [Screen Actors Guild]. Essa, sim, para a maior parte dos actores, sejam eles ligeiramente conhecidos ou desconhecidos - os conhecidos são outra liga -, obriga a uma escala de valores. E não foge muito dali. Depois há os non-union projects, e é uma rebaldaria.
Este projecto específico: o produtor era inglês, vive nos Estados Unidos, é lá que tem a empresa; mas a empresa que abriram para fazer esta série é sediada em Londres e a série foi gravada em Marrocos. Uma das particularidades do projecto é que os actores não podiam pertencer a um sindicato americano - era o meu caso. Por essa razão, não entrando em muitos pormenores, [a resposta é]: longe de ficar rico.
Nem depois do sucesso?

Este não foi um projecto de dinheiro para 80% das pessoas envolvidas, inclusive para os produtores. Começou por ser um docudrama para o Canal História. A expectativa de retorno financeiro não era por aí além. De repente, tornou-se um fenómeno, e aí, para o produtor, isso traduziu-se noutros valores. Para mim, não.
Quando olhamos para séries como Madmen, Os Sopranos, Os Homens do Presidente, para o espectador que nada sabe dos sindicatos e das diferentes ligas, olhamos para séries glamorosas, para uma vida hollywoodiana. Também imaginava que era assim antes de ir para os Estados Unidos e perceber na prática como é que as coisas são?

Não esperava isso, mesmo. Obrigo-me a ser realista, para não dizer pessimista. Nunca enfatizo muito o que me está a acontecer. Antes de começar a série, não pensei na repercussão; e depois de a acabar havia tanta coisa para digerir dentro de mim, de que não estava à espera, que não pensei na repercussão mediática. Chego aos Estados Unidos [para fazer promoção], a série ainda nem tinha estreado, e há um grande boom à volta da série, à minha volta. A brincadeira do hot Jesus começou porque a minha imagem saiu ainda antes da figura de Jesus. Os comentários que surgiram não eram sobre o meu trabalho...
... mas sobre o facto de ser hot.

Sim. Foi uma surpresa, também.
Foi uma surpresa?

Então não foi? Dei tanto de mim, aquilo foi uma aventura tão dolorosa e difícil, tão de vida ou morte, quase, que a última coisa que esperava era que o primeiro comentário fosse sobre a minha figura. Nunca vivi em função da imagem.
Vamos falar de imagem, mesmo que não lhe atribua importância central. Se tivesse 1,60m e fosse um camafeu, não teria ganho o papel.

Porque não? O Dustin Hoffman trabalha e é feio como um boi, o Danny DeVito trabalha. Eles têm imenso trabalho porque são bons. Grande parte das coisas improváveis que fiz teve que ver com um combate a uma figura [pré-determinada].
Coisas improváveis? Está a pensar em filmes independentes?

Não. Teatro de revista; estive dois anos no Teatro Maria Vitória, quase ninguém sabe, mas fiz duas revistas lá. Não preciso de adjectivar. Estive dois anos a fazer Malucos do Riso - não é propriamente aquilo que dá sex appeal. Fiz um ano e meio de musical infantil em que era um golfinho que gaguejava.
Quando é que teve consciência de que era hot e que esse atributo era importante?

Comecei com 15 anos. Eu era alto, tinha alguma pinta, não tinha formação como actor. Mas fiz um casting com 30 ou 40 que tinham melhor figura que eu.
Um casting para o papel de Jesus?

Não, para o meu primeiro trabalho, [a novela] Terra Mãe. Estive quase cinco ou seis anos, também por causa disso, a testar-me. A perceber se, de facto, tinha alguma coisa que pudesse acrescentar a este mercado da representação. Só aos 21 é que decidi estudar teatro.
No mundo em que se movimenta, a figura é uma exigência. É mais severo para as mulheres, mas é suposto que um actor tenha cuidado com a alimentação, seja ginasticado, corresponda a determinado estereótipo.

Não concordo. Numa série como Downton Abbey nenhum desses atributos é válido. Há um outro mercado, mais comercial, que movimenta muito mais dinheiro, em que esses atributos também são precisos. Mas é "também". Grandes blockbusters como Thor, o Capitão América: o público da Marvel é um público que ama a personagem, que não permite que qualquer fedelho se ponha na sua pele. Se o actor não tivesse alguma coisa...
O Robert Downey Jr., que passou por um processo complicado, drogas, álcool, renasce agora sem qualquer desses atributos. É um tipo bem parecido, mas não é estonteante. É altamente carismático e bom para caraças.
Então é preciso ter qualquer coisa, que distingue aquela pessoa entre as demais.

Sim. Não tem de ser mais nem menos, mas é uma coisa genuína e distintiva.
Quando foi para os Estados Unidos, já sabia qual era o seu elemento de distinção?

Nunca "fui" para os Estados Unidos. Sou português e trabalho em Portugal. Sempre que fui aos Estados Unidos foi para trabalhar. Os castings são feitos por vídeo, cá, e depois, havendo interesse ("estamos indecisos entre três"), é necessário uma reunião pessoal. Não "fui" como muitos foram. Não tenho nada contra. Eu é que não sou capaz de fazer isso, de ir à maluquice.
Por que é que nunca o fez?

Tenho 32 anos. Tudo o que sou como pessoa e como actor foi aqui. Há muita coisa no nosso mercado por fazer. Gosto de pensar que a minha presença cá será mais proveitosa do que lá. Lá serei apenas uma pessoa que está a tentar a sua sorte em determinados castings. Pouco mais posso fazer. Não posso produzir uma peça, dificilmente poderei fazer um filme.
Nem o sucesso, a deflagração que foi A Bíblia, o faz apostar nessa possibilidade?

Não, não. Não consigo explicar, talvez seja teimosia, burrice. É como [escolher] não viver em Lisboa. Quando vivi em Lisboa, durante quatro meses, a minha dinâmica mudou; deixei de ser a pessoa que era, deixei de ter os meus tempos, a minha orgânica própria. E isso tirou-me força. Não vou mexer numa máquina que para mim funciona. Vou ser sempre o miúdo que jogava à bola na Margem Sul, tenha o dinheiro que tiver e faça o que fizer. Vou ser sempre o miúdo que cresceu no Fogueteiro que tem muito respeito por aquilo que faz e pelas pessoas que têm muito respeito por aquilo que fazem.
É tão fácil darem-nos palmadinhas nas costas... Não é fácil é olharem para nós quando não somos nada e dizerem: "Acho que há qualquer coisa aí." Houve três ou quatro pessoas na minha vida que o fizeram, e foram essas que me fizeram estar a falar consigo hoje. Quando [a série] saiu cá - e houve muitos comentários positivos à minha participação -, fiz um agradecimento no Facebook, nomeei-as todas. Uma delas já não está entre nós, mas vou agradecer-lhe enquanto for vivo.
Quem é?

O Armando Cortez. Quando eu tinha 15 anos, agarrou-me no braço, puxou-me para trás do décor, como só um senhor sabe fazer, para não estar à vista de ninguém, e disse-me: "Diz lá o teu texto. Pára, respira. Isto é uma coisa, aquilo é outra coisa. Outra vez. Por que é que estás a fazer tudo seguido?" E no final disse-me assim: "Não fiques chateado comigo. Se estou a fazer isto, é porque acho que vales a pena."
Alguém disse: "Vales a pena." Foi isso que o comoveu?

Não foi alguém: foi ele. Deu-me uma meta. Fez-me olhar para ele e dizer: "Quando for grande, quero ser assim." Quero ter esta generosidade, quero ter olho e distinguir as pessoas, e não as julgar pela aparência, por aquilo que fazem ou fizeram. Isto é tão difícil. Assim que nascemos já estamos em condenação, em privação. Somos filhos de Adão e Eva. Se formos pelo lado cristão, e se não formos por aí, é igual. Mesmo esquecendo o lado moral e indo apenas pelo lado fisiológico, é uma luta de sobrevivência.
Usei a expressão "quando foi para os Estados Unidos", explicou que não foi para os Estados Unidos. Fechamos esse parêntesis. Retomemos aquilo que tem e que marca a diferença num mercado tão competitivo como o dos EUA. Qual é o seu distinguo?

Não sei. Dificilmente quem tem esse distinguo tem noção de que o tem. Cada vez que tento seguir aquilo que esperam, acaba por ser o normalzinho. Das poucas vezes - e isso tem acontecido nos últimos quatro, cinco anos - em que penso: "Vou ter mesmo de lutar por isto, acredito mesmo que é por aqui", mais tarde vem a recompensa, e sinto que essa foi a distinção.
No casting de Jesus, em segundo algum pensei que ia ficar. Pensei que era uma coisa tão inatingível. E mesmo que ficasse, ia ter um trabalho muito difícil, porque já foi feito imensas vezes. Fui para o casting, lendo a Bíblia e [perguntando-me]: "Qual é a mensagem?" A minha aposta foi essa. Não direi que foi uma aposta..., foi a minha vontadinha. Grande parte das opções que foram tomadas em relação à minha personagem foram coisas que eu trouxe e que não existiam no papel, não foram sugestão do produtor.
Vamos lá contar a história desde o princípio. Telefonou o seu agente a dizer que tinha um casting para Jesus Cristo?

Foi isso. Tenho um manager nos Estados Unidos.
Como é que arranjou esse manager?

Através de um filme que fiz no Porto chamado Star Crossed [2009]. Era a história de Romeu e Julieta mas com futebol; em vez de ter duas famílias rivais, tinha dois clubes de futebol rivais. O produtor levou o filme para festivais. Num desses festivais, um agente perguntou quem eu era. Entrámos em contacto, ele disse que gostava de trabalhar comigo. "Mas eu não vou para os Estados Unidos", "Tudo bem, arranjamos uma fórmula". A fórmula foi começar a fazer aquilo a que chamam pré-castings, em vídeo (mesmo nos Estados Unidos é assim).
Quando lhe ligou o agente americano, lembrou-se daquele provérbio português: "Quando a esmola é grande, o pobre desconfia"?

Achei que me iam ficar com um rim. O projecto chamava-se Mary, Mother of Christ. Fiz o vídeo-casting. Passado quatro dias liga-me: "Querem conhecer-te. Este filme tem o Al Pacino, o Peter O"Toole e querem-te para protagonista." Lembro-me de ter comentado com a minha família: "Isto é uma jogada, de certeza. Eles vão a países em que a malta é mais ou menos e atraem a malta para depois lhes ficarem com os órgãos." [risos]
Andou a ver filmes de ficção científica. Ou CSI.

Na altura falava-se um bocadinho do tráfico de órgãos. "Tens de vir aos Estados Unidos", "E quem é que paga a viagem?", "Tens de ser tu porque estás a ser contratado como um actor americano", "Então não vou, lamento imenso". O agente ficou lixado. Passados 15 ou 20 dias voltou a ligar-me. "Então e a Marrocos, podes ir? O realizador vai fazer uma repérage - conhecer os locais para filmar - e voltou a lembrar-se de ti. Como está mais perto de Portugal pergunta se podes ir lá. Eles reservam-te o hotel." Vou à Net, vejo o preço dos bilhetes. "Vou arriscar."
Está a exagerar. Achava mesmo que podia ser uma cilada?

Não estava convencido de que fosse verdade. Só quando conheci o realizador, o James Foley, é que descansei. Ai, isto é mesmo a sério! E fiquei com o papel.
O casting: é uma história gira. O lobby do hotel era enorme. Tinha uma mesa em vidro. Comecei a fazer uma cena toda improvisada. Há uma parte em que aparece um anjo, eu faço assim [exemplifica, como quem dá um golpe] e a mesa partiu-se em mil pedaços. E eu continuei! O casting eram quatro páginas, eu ia na segunda, alguma vez ia parar? O James Foley conta isso numa biografia. Ainda tem a cassete guardada. Acho que foi um factor determinante para ficar: aquilo partiu-se tudo e eu continuei.
E o filme?

O projecto está há quatro anos em águas de bacalhau. Pode ser que se faça algures este ano.
Mary Mother of Christ... Depois de Jesus.

Essa é outra razão pela qual se calhar não vou fazer o filme, se o filme se fizer. Há coisas que não posso fazer. Já me ofereceram o papel de diabo, entretanto.
Recusou?

Sim.
Imagino que seja difícil recusar projectos grandes.

Para mim, é difícil recusar quando parecem bons. Quando parecem ridículos, não me custa nada. Nesta altura de crise há o factor dinheiro. Custa um bocadinho... Mas nunca entrei nisto por dinheiro.
Já sei que não ficou rico com A Bíblia, mas continua a fazer contas?

Faço contas todos os dias, claro que sim, porque continuo a ser o miúdo que joga à bola no Fogueteiro.
Agora percebo a alusão aos "pés juntos", ao cartão vermelho. Segue o futebol?

Não tenho nenhum clube, não acompanho. Mas há ali qualquer coisa - o companheirismo, a coisa da rua, e eu jogava na rua - que me toca. O sol punha-se e a minha mãe gritava da janela: "Ó Diogo!" Enquanto ela não dissesse o meu nome todo, sabia que estava tranquilo.
O que é que é importante na sua biografia?

A minha mãe era cabeleireira. O meu pai trabalhou durante anos no mercado de peixe. Daí vêm várias coisas. Lembro-me de o meu pai ter dois empregos. A minha mãe tem problemas nas costas, esteve muitas horas em pé. Sempre foram grandes exemplos de trabalho e de respeito pelos clientes para quem trabalhavam, às vezes para lá das suas forças.
Não me passou despercebido que tenha dito "bom dia" a uma senhora fardada (parecia empregada de cozinha ou camareira) que passou por nós. [A entrevista fez-se no bar de um hotel.]

Sempre. Até já fui repreendido por não dar "bom dia" às chefias para dar "bom dia" às pessoas que não eram chefia.
É um tributo aos seus pais.

É um tributo a quem merece. Não tem nada que ver com políticas, mas lido mal com o poder, com pessoas com muito poder. E sinto-me muito bem, muito confortável... Nos Estados Unidos, onde me sentia bem era no bairro mexicano, um dos mais pobres de Los Angeles.
Refere-se à temporada que passou lá a promover A Bíblia?

Sim. E sempre que estive lá a filmar.
O sítio onde se sente bem é um lugar de gente pobre, de gente simples?

De gente simples. O trabalho dignifica as pessoas e dá nobreza. Tenho tendência a complicar, penso de mais nas coisas. Sempre que estou rodeado por essas pessoas simplifico e desfruto muito mais.
Estávamos na sua história. Foi educado para ser o quê?

Para tirar um curso, qualquer que fosse. Aos 15 anos, quando comecei a "incursar" por este lado, foi uma surpresa para os meus pais. Acredito que tenha sido até decepcionante. Aquela resistência, que qualquer pai teria, que eu hoje, sabendo o que sei, [teria], se o meu filho dissesse que queria ser actor... Se disser, vou ter medo.
Medo de quê?

É muito complicado viver o dia-a-dia sob teste. A nossa vida depende de como nos saímos num teste. Mesmo quando deixamos de fazer casting, o próximo trabalho é um teste. Somos tão bons como a última coisa que fizemos. Se esse teste não correr bem, descemos pontos. E ter de gerir as contas para pagar, as responsabilidades, e um lado que é artístico e que não liga nenhuma aos números, esse balanço, diariamente, é de uma violência brutal.
Há uma coisa fundamental nesse viver sob teste, que é aprender a lidar com a rejeição e com a frustração. É uma coisa banal nos Estados Unidos, onde os actores fazem 100 castings e com sorte conseguem dois papéis. Em Portugal, as coisas têm outra escala e a rejeição é vivida...

A rejeição é mais forte. Só comecei a ficar com trabalhos quando deixei de me importar se era rejeitado ou não. Isso permitiu-me desfrutar do momento. Ao fazer o casting de Jesus, o facto de pensar que nunca ia ficar [com o papel] se calhar foi determinante.
Como é que uma pessoa aprende a ser rejeitada, a ouvir "não" e "não", sem sentir que não vale nada?

Está a começar a perceber a delicadeza que é ser actor... Por isso é que não queria isso para um filho - porque não é fácil.
Continua a não ser fácil?

Para mim, já é mais fácil.
Tem 17 anos de representação. Começou muito cedo. Foi estudar teatro aos 21 anos. Para onde?

Comecei por Estudos Artísticos na Universidade de Lisboa. Como era um curso muito teórico, e não quis ir para o Conservatório [de Lisboa], fui para a TAI [Escuela Universitaria de Artes y Espectáculos], em Madrid.
Quem é que são os seus mentores, os que vê para aprender?

Gosto muito do registo do Tom Hanks. É o actor que eu gostaria de ser. Teve das interpretações mais brilhantes da história do cinema. Filadélfia, O Resgate do Soldado Ryan, o Forrest Gump, que está no top dos filmes e no top das interpretações.
Ainda não disse que coisa foi essa, aos 15 anos, que o fez querer ser actor.

Nada. Só quis ser actor aos 21.
Então o que é que sucedeu aos 15?

Aos 15 fui apanhado. Fiz um casting para ganhar uns trocos. Estava numa agência, a trabalhar como modelo.
Já tinha a altura que tem hoje? Já tinha esta figura?

A figura não sei, era muito magrinho, mas era alto, 1,90m. Fiz um casting para a NBP. O Virgílio [Castelo] deu-me um [texto] e disse-me: "Estás numa esplanada. Calor, as miúdas a passar. Este é o ambiente. Estás a falar com o teu melhor amigo e a dar-lhe apoio. Acção." A dada altura... [assobia]. "Que é isso, meu?", "Desculpem, foi uma miúda gira que passou." Fiquei.
Que papel era esse?

Um papel que rapidamente podia ser descartado, na primeira novela do Rui Vilhena em Portugal, Terra Mãe. Era sobrinho da Lídia Franco, neto do Armando Cortez e namorado da Patrícia Tavares. Era órfão, os meus pais tinham morrido. Se corresse mal, era despachado em três tempos. Fiz até ao fim.
A primeira novela foi violenta. Não estava habituado, muitas vezes saía de lá a chorar. Deixavam-me no Cais do Sodré, atravessava no barco, depois apanhava um autocarro, às vezes a horas adiantadas. Na manhã seguinte ia para a escola.
Depois fez teatro, outra novela, e o telefilme da SIC Amo-te, Teresa, com 18 anos.

Com o Amo-te, Teresa mudou tudo. Já sabiam o meu nome. Foi um boom, mas não houve um segundo Amo-te, Teresa. Fiz três telefilmes da SIC, fui erro de casting de muita coisa.
Como é que aprendeu a falar o inglês que lhe permite trabalhar no mercado anglo-saxónico?

A língua não é só saber as palavras, é dominar a musicalidade, a forma de expressão. Decidi investir no inglês muito antes de qualquer possibilidade de trabalhar no estrangeiro. Era uma coisa minha, como plantar uma árvore ou escrever um livro. Quero expressar exactamente o que quero dizer noutra língua e sentir-me confortável com isso.
Teve alguma namorada americana ou inglesa a ensiná-lo...?

Não, nunca tive. Aprendi na escola e com os filmes. Ver filmes sem legendas é um grande exercício. Tive uns cinco anos de inglês na vida, na escola pública. O resto é tudo de la calle (sou fluente em espanhol, vou fazer um terceiro filme em Espanha, em que sou espanhol).
Para A Bíblia, teve aulas?

Tive um accent coach, para neutralizar o meu sotaque americano. Trabalhámos antes de começar a rodar, por Skype.
Quem é que paga essas coisas?

Essa foi a produção. O meu sotaque é mais americano e o elenco era todo british. "Quero arranjar um sotaque que seja neutro porque Jesus não é inglês nem americano. Quero arranjar um sotaque que não seja distractivo e que não identifiquem." Fiquei muito feliz, porque houve imensos críticos a escrever na imprensa americana sobre isso.
Fale-me da temporada de promoção da série nos Estados Unidos.

Foram três, quatro meses. O país é enorme e fomos a muitos estados. Aí é que se sente a máquina, organizada ao pormenor. Acabámos a rodagem em Setembro de 2012 e a série estreou na Páscoa. Fui para lá mês e meio antes [da estreia] e fiquei mais mês e meio depois de a série acabar. Há um staff que anda connosco para todo o lado. Seis pessoas, no mínimo. Duas publicists, uma pessoa da produção, o grooming...
O que é que faz o grooming?

Grande parte dos dias, há mais do que uma entrevista por dia. O grooming é uma pessoa que anda com roupa atrás para não estarmos no mesmo dia com a mesma roupa em diferentes entrevistas.
Essa roupa era sua?

Era roupa que arranjavam para mim. Vemos com a publicist qual é o género de roupa que gosto de vestir e com que me quero apresentar, e dentro disso escolhem. Num programa ia mais formal, noutro menos.
Podem ser quantas entrevistas por dia?

Só em Miami fiz 12 entrevistas em espanhol, no mesmo dia, num espaço de seis horas. Andávamos a correr de estúdio para estúdio, Telemundo, Univision, CNN Latina, webtv. A produtora do projecto diz: "Sobre isto ele não vai falar porque não queremos tocar neste assunto." Tento perceber se há palavras inadequadas. Por exemplo, gosto muito da palavra "energia", que é conotada com um lado mais científico do que espiritual; em determinados programas, se utilizar a palavra "energia" pode ser desagradável. Digo "uma sensação", "um sentimento".
É fatigante, imagino.

Muito, muito, muito. As viagens, as diferenças de horário.
É trabalhar sete dias por semana?

Sim. Quando não se está a filmar, está-se a viajar para algum lado.
Em aviões normais?

Normalíssimos.
Em primeira?

Em primeira. Está-se em trabalho. E permite descansar. Chego a ter de dormir no voo. De Los Angeles para Nova Iorque, são seis horas de diferença.
Tinha alguém da sua família consigo?

Tinha o meu filho e a minha companheira. Só não estão em rodagens porque não posso estar preocupado de forma nenhuma. Fazer promoção é diferente, e nem sempre viajavam comigo. Estavam em Los Angeles.
Ter a família por perto é uma coisa permitida a um actor que está num determinado nível?

Tem que ver com bom senso, boa vontade e bom gosto. É um período alargado de tempo, tenho um filho de três anos. Os produtores sabem disso. Seria um bocado insensível da parte deles não ajudar. As viagens [da minha família] são pagas.
Ou seja, o actor tem de estar emocionalmente estável e para isso precisa de ter a família por perto. É isso que é considerado?

É considerado que estarei muito mais disposto, muito mais aberto, se não sentir saudades de ninguém.
O expoente máximo da máquina a funcionar é a máquina que envolve a Oprah?

É.
O que é que aí é diferente das outras máquinas?

Um grupo de 30 pessoas, que chega três dias antes para montar tudo, para ver cada milímetro, a tonalidade de luz para determinado tipo de pele. A equipa dela vai ao sítio, fala um bocadinho comigo, recolhe outro tipo de informação que não publica, faz uma espécie de pré-entrevista. A Oprah chega, faz e sai.
Perguntaram-lhe alguma coisa que o tivesse surpreendido?

Não. Muitas das perguntas - e a entrevista que vai para o ar não é a entrevista toda, é editada - foram sobre o projecto em si, sobre o que senti e o impacto que poderá ter em mim. Foi simpático, foi muito soft.
A máquina: tem que ver só com dinheiro. Em vez de ter uma pessoa a tratar de três coisas, tem três pessoas a tratar de uma. E se há três pessoas para tratar de uma luz, é bom que essa luz esteja boa - senão há cabeças a rolar. Nós achamos que somos menos qualificados (é muito portuguesismo da nossa parte achar isso). Nós somos mais qualificados porque fazemos mais com menos. Eles lá fazem menos com mais.
A única coisa que não percebi bem em toda a entrevista: porque é que depois deste sucesso, verdadeiramente, não quer fazer uma carreira internacional.

Porque isso não traz nada que eu não tenha.
Pode trazer uma projecção internacional.

Isso serve para quê?
Permite o acesso a determinados trabalhos, filmes, coisas a que não tem acesso da mesma maneira se estiver aqui.

Será? Mais dinheiro, é isso? Se a pergunta é: "Ambiciona?", "Não." Se a pergunta é: "Gostava?", a resposta é: "Sim." Se surgir, irei com toda a força.
Por que é que o seu filho se chama Santiago, um nome bíblico?

Porque a mãe gosta e eu gostei também. E porque a mãe e eu estreitámos a relação enquanto eu estava a rodar uma novela em que me chamava Santiago.
A sua companheira é uma figura pública, alguém que as pessoas conheçam?

Não, graças a Deus, não. Eles não têm culpa de eu fazer o que faço e não têm de ser expostos.
Resguarda isso?

Completamente. Não há uma única fotografia do meu filho em lado nenhum. O lado pessoal, as relações afectivas: eu gosto de um tipo de mulher, que não é a mais espalhafatosa nem a mais histriónica. A partir do momento em que sou actor, não é qualquer mulher que consegue lidar com isso. As mais interessantes têm tendência a afastar-se. Não querem ser como as outras: "Já viste aquele rodeado de mulheres?"
Eu, sem fazer nada, sou atraído por público que está deslumbrado, não por mim, mas pela figura. Pela figura que aparece na televisão, nas revistas, pelo tipo que é conhecido. É um bocado secundário quem se é de facto. Logo aí, fico privado de uma coisa que sou eu. Torna-se o dobro ou o triplo mais difícil conhecer alguém que me possa interessar e que se possa interessar por mim. Percebe o que quero dizer?
 

quinta-feira, 13 de junho de 2013

Revista vip elege os 10 mais elegantes


Segundo a revista VIP o Diogo morgado  foi considerado um dos 10 mais elegantes de 2012.









Emmy Awards - Emmy Awards

 Tenho o prazer de informar que Diogo morgado encontra-se em votação para emmy na categoria  Melhor Ator em Minissérie "A Biblia " numero 141
O blog deseja boa sorte ao Diogo 



quarta-feira, 12 de junho de 2013

MAKING OF DIOGO MORGADO

MAKING OF DIOGO MORGADO from GQ Portugal on Vimeo.

Gravações de "Ambição" continuam a bom ritmo







Diogo Morgado, Maria João Luís e Ângelo Rodrigues já estão a gravar para "Ambição", a nova novela da SIC. Na trama, os dois atores serão Eduardo e Simão, filhos de Laura (Maria João Luís) e recentemente estiveram juntos a gravar no Centro Hospitalar de Cascais.

A história da autoria de Pedro Lopes (o mesmo autor de Dancin Days) já está a ser gravada a todo o vapor. Nas referidas cenas, gravadas na Unidade de Saúde Maria José Nogueira Pinto, em Cascais,  Laura Teles de Aragão, por suspeitar que a sua sócia – Sofia Bívar (Rita Blanco) – mantinha um romance com o marido, decide mandar desligar as máquinas que o suportam à vida, após ele ter um acidente. 
Diogo Morgado é Eduardo Teles de Aragão, o seu filho mais velho, rapaz boémio que estudou em Londres. De regresso a Portugal, a mãe dá-lhe o cargo da direção comercial da empresa. Já Ângelo Rodrigues é Simão Teles de 
Aragão, o filho mais novo de Laura, homossexual assumido, ilustrador de profissão, que não mantém boas relaçõo.

fonte:



f




es com a mãe. O encontro dos três promete vir a dar muito que falar.

Sequela de 'A Bíblia' confirmada por produtor



A minissérie bíblica, protagonizada por Diogo Morgado, vai ter direito a uma sequela, admitiu o responsável pelo formato.
"Muitas coisas têm vindo ter connosco desde que A Bíblia foi emitida, é apenas como o mercado funciona", explicou o produtor da minissérie que bateu os recordes de audiências nos Estados Unidos há três meses. "Roma [Downey] e eu iremos fazer uma sequela de A Bíblia, não há qualquer dúvida, mas será algo em grande", admitiu Burnett numa conferência, referindo-se à sua mulher, com quem produziu o formato de sucesso, que contou com a participação do ator Diogo Morgado no papel principal.
Recorde-se que, em março passado, altura em que a minissérie começou a ser exibida nos Estados Unidos, Mark Burnett avançou ainda que estaria a preparar uma versão cinematográfica de A Bíblia, projeto esse que está quase a ser concluído. "Estamos agora a cortar cenas para o filme. Será uma versão de três horas sobre Jesus e temos ainda imensas ofertas de cinemas à volta do mundo", rematou o profissional.


Novo, fotos exclusivas de Diogo de "Born to Race: Fast Track"











sábado, 8 de junho de 2013

Diogo Morgado na revista " Vogue Portugal " - Heroi Discreto






Heroi Discreto
 
Toda a gente fala de Diogo Morgado. E nem Oprah Winfrey resistiu a  levá-lo ao seu programa depois de uma interpretação única como Jesus Cristo em The Bible. Desde os 15 anos que lança charme e talento nos nossos ecrães de televisão, no palco de vida do teatro e no grande sonho do cinema, mas pouco sabemos sobre ele. Sentámo-nos a conversar sobre trabalho e a simplicidade de tudo o que é maior.
 
Diogo Morgado corre num terraço sobre o Bairro Alto, em Lisboa. Salta como um atleta e olha de soslaio e encanto para a objectiva de Rui Aguiar. Cai uma chuva miúda e copiosa, como se não existisse, e uma voz feminina canta Ave Maria de Schubert e atravessa os telhados das imediações do Conservatório. Sorrimos. Por estes dias todos lhe chamam " Hot Jesus", desde que The Bible, série produzida pelo americano Mark Burnett e Roma Downey para o canal História, chegou á televisão portuguesa. O ator não voltará a ser o mesmo. E nós não olharemos para ele da mesma maneira.
Veste camisa e Jeans soltos e o seu sorriso franco e disponivel enche o espaço. Discreto, quase silencioso, Diogo Morgado tem gestos e traços de nobreza suavizados numa simplicidade anónima e generosa. " De certeza que quer ir conversar para o café?", sorri. É dos mais conhecidos rostos de televisão , mas a sua normalidade alheia-nos do sucesso. Entramos num estúdio forrado a carpete preta iluminado por uma janela que preojecta no chão uma luz timida e brilhante sob a qual nos sentamos. Diogo encosta-se á penumbra da parede. "Prefere uma cadeira?" Adoramos estar no chão, respondemos. "Eu também", sorri.
"Considero-me mais ligado ao campo do que á cidade", diz-nos quando referimos as suas origens. Nasceu em Lisboa, foi criado no Fogueteiro e passava as férias grandes no Alentejo com a familia do pai. " Vivi 4 meses em Lisboa, no Largo do Rato, e percebi que é a montra mais bonita que conheço. E como todas as montras, é bonita vista de fora. Gosto de viver tranquilo". Lembra que acordava na capital coma sensação de estar sempre atarsado para as coisas e resolveu regressar á Margem Sul. E quando tem de ir trabalhar  para uma cidade, prefere alojar-se na periferia. " Gosto da relatividade do tempo, que passa de maneira diferente", explica. " Há uma simplicidade e rudeza nas pessoas que é muito genuina, sem máscaras, não há a necessidade de agradar a ninguém. Há uma noção exata das necessidades que temos. Porque precisamos de muito menos para viver do que julgamos. ".
Estudou nas áreas cientifico-naturais - " Estranho, não é?" - começou a trabalhar aos 15 anos e só voltou a estudar aos 21 anos para terminar o liceu. " Estive seis anos a experimentar, a saber se acrescentava alguma coisa a este meio, se me sentia bem. Só pensava em contar histórias, seja a escrever, realizar, comunicar com as pessoas. Tinha de me aplicar, para que deixasse de ser uma aventura, para ser uma profissão." Um dos seus amigos de infância gostava de Moda e teve a ideia de tirar fotografias para um concurso. " vestimos roupa que a mãe dele tinha e que nunca tinha visto - coletes á cowboy, calças á boca de sino. Ele acabou por me fotagrar também e enviar." Assim começou a trabalhar como manequim, mas a sua motivação era apenas "ganhra uns trocos", confessa, " nunca tive muito jeito". Passados  uns meses fez um casting para figurante com algumas falas numa telenovela e pedem-lhe para fazer a leitura de uma personagem. O resultado foi Terra Mãe  (1998" a primeira de Rui Vilhena e a estreia de Diogo na televisão. Depois fez uma audição para uma peça de teatro e estreou-se no Maria Matos. Entrou em Diário de Maria (1998), A Lenda da Garça (2000) e A Febre do Ouro Negro (2000), mas foi com  Amo-te Teresa (telefilme de 2000) que comecçou a ser reconhecido na rua " Antes era uma das personagens que interpretava, a partir dai passei a ser o Diogo Morgado.".
Agora acaba de dar um salto no espaço. Gravou Star Crossed  com produção bilingue, o filme foi a um festival e um agente americano entrou em contacto com ele. Tem duas produções a estrear: The Red Butterfly (2012), de Jon Alston, e Born to Race - Fast Track, de Alex Ranarivelo.
O primeiro, que estreia agora nos Estafos Unidos, foi filmado logo a seguir a Laços de Sangue (que, em 2011, ganhou o Emmy para a melhor telenovela) e nele interpreta o papel de um guitarista em sobrevivência em Hell´s Kitchen, simbolo da multicultural Nova Iorque. " É um filme muito duro, de sobrevivência", descreve, " a história de um guitarista fustrado á espera do sonho americano. Envolve-se em drogas e em todo o tipo de vicios." Ou seja, tudo o que Diogo Morgado não é. " Senti-me um poucio deslocado e a personagem também, e isso foi muito bom."
Born to Race é um " Top Gun de carros", com os melhores corredores do mundo onde ele faz o papel de "mau", diz numa careta.
O projecto que o catapultou foi a série The Bible. Elogiado por todos, incluindo pela propria Oprah Winfrey, que o convidou para ir ao seu programa, Diogo Morgado subiu a escada do sicesso. Cresceu como ator e ainda mais como pessoa. " Não esperava o impacto, avancei com a minha versão do que acredito que foi a história de Jesus", explica. Interpretar uma personagem com tanto peso e simbolismo não é para qualquer um. " Não o senti como uma personagem, mas como alguém bastante vivo, nas pessoas, diariamente. Todas as representações que vi de Jesus Cristo davam muita importância ás palavras, eu tentei que as palavras fossem uma consequência dele, do que Ele era. Imagina um forasteiro chegar a uma cidade e sorrir para as pessoas - devia ser magnetizante! E o que dizia ainda era mais. Numa altura em que os falsos profetas eram imensos, as crucificações recorrentes, o que fez paradurar até hoje? Acho que ver com a sua relação com as crianças, as portadoras da nova esperança." Conta que no episódio do templo, quando Jesus diz que será reconstruido em três dias, a maneira como o dizia "soava a ameaça". Pediu para trazerem uma criança para o set e ajoelhou-se ao pé dela dizendo o mesmo texto como se contasse uma históriade encantar. " Mudou completamente", recorda. Batizado e educado numa familia tradicional católica, Diogo conhecia alguns exertos do texto sagrado, mas agora olhou para ele com pormenor. " Há muita coisa em comum nas diferentes religiões. E o mais importante são as mensagens de amor, esperança e compaixão. Fiquei com isso á flor da pele ... Com a nitida certeza de que estamos neste mundo mais para os outros do que para nós próprios." Tem fé?, perguntamos. "Tenho, mas não sou partidário", sorri. A cena da crucificação, que demorou 3 dias filmar, é muito falada e um assunto delicado. " É independente do que se acredita, é uma história muito poderosa, de um altruismo absoluto.Deviamos refletir sobre ela", comove-se.
Entusiasma-se quando fala no processo de um novo trabalho. Quando o guião é fotocopiado para a equipa e todos fazem a sua leitura. " O que me fascina são aqueles 20% que ficam fora da página, o que, de alguma forma, garante que se possa fazer alguma coisa diferente. Porque o que faço hoje é um pouco recriar, quero que seja único. Adoro aquela vertigem nervosa de poder estar a fazer qualquer coisa irrepetivel" E confessa que, desde miúdo, nunca vai relaxado para nada: "Porque quero muito fazer e sentir que foi especial." Quando começou, aos 15 anos, o mercadoera completamente diferente. Havia uma novela da RTP por ano, peças de taeatro, e muito esporadicamente uma série. " Tenho sido um privilegiado, nunca tiove um interregno ... E ainda hoje é o que sinto." Perguntaram-lhe se pensava morar nos Estados Unidos e Diogo disse que não. Faz tudo por video casting e vai a uma reunião quando está num lote selecionado de 3 atores. E assim tem sido nos ultimos 3 anos. O que o agarra por cá são as coisas inimaginalmente simples. Ri-se a falar disso, imune ao preconceito que acrdita que o estrelato vem com a falsa modéstia. " Ainda hoje sou maluco por uma grande fatia de pão alentejano com manteiga", brinca. " O mundo inteiro anda á procura de qualquer coisa e tem coisas maravilhosas todos os dias ... Temos sempre a tendência de querer outra coisa ou de Põr a expectativa, e a felicidade, no outro ou fora de nós. E não é assim. Quando te sentes bem em todas as coisas que és, nas porcarias e nas virtudes, e aprendes a aceitá-las, vês de maneira diferente. Pensamos « No dia em conseguir aquilo é que vai ser!» E depois percebes que quando estavas lá no fundo tinha muito mais piada. Estou cá quando, agora, era o melhor momento para estar nos  Estados Unidos. Cá somos muito mais válidos do que num tanque cheio deles, lá és o operário. Em POrtugal, sinto que terei uma voz mais ativa. Há muita coisa mal feita e pouca coisa bem feita e muito para fazer."
Também por isso, Diogo Morgado fez-se á estrada para realizar Eu Sou Portugal, um documentário sobre o que é ser português. Na sua experiência nos Estados Unidos, viu-se rodeado de pessoas que não faziam a minima ideia do que era Portugal, "dei por mim a olhar de outra maneira", conta. Assim, associado á iniciativa Porugal o Melhor Destino, que convidava pessoas a fotografar a sua região, resolveu fazer um filme sobre o assunto. Percorreu o País numa semana a falar com as pessoas. Percebeu que ocupavam a maoiria do tempo de antena a dizer o que estava mal, mas o resto, que era o que ele queria realmente ouvir, foi o que usou. " Orgulho-me deste trabalho e quero fazer mais", avisa. Suprendeu-se com a hospitalidade das pessoas que, sem o conhecerem (esteve sempre de boné e óculos escuros), lhe ofereceram ovos e tomates e leite para levar para casa. " As pessoas dão o que têm. Quanto mais difilculdades, mais altruistas nos tornamos." É um orgulhoso português? " Sou. Para o bem e para o mal. Gosto da simplicidade, que é cultural - e que não é humildade. Por muito que pense e viva outras coisas, está no meu ADN português. E somos um povo estremamente trabalhador." Refere o monólogo de Rita Blanco em La Cage DorÉe (de Rubem Alves, que estreia em Agosto), a personagem da senhora das limpezas de um condominio que explica como faz o seu trabalho. " Fala de limpar como se fosse um poema."
Lembramos muito bem o papel de Diogo Morgado como Salazr em A Vida Privada de salazar (2009, minisérie de Jorge Queiroga) e no filme A Selva (2002, de Leonel Vieira). Tamém fez papeis nos filmes espanhois Dos Rivales Casi Iguales (2007) e Miami Blue (2010) de Miguel Ángel Calvo Buttini. 
È inevitável perguntar-lhe qual o seu meio preferido, e ele já estava á espera. " Há um lado instantâneo na televisão que me fascina imenso. È uma prova de resistência fantástica. Um jogo, um duelo. O teatro leva a exploração da história até ás últimas consequências, são meses, as palavras, os silêncios. Mas o cinema é o que te traz mais perto da imortalidade." O seu proximo projecto é na televisão, uma novela que esttreia em setembro. Diogo Morgado não pára. " Não sou fã de férias. Tudo o que seja mais de uma semana fico logo com comichão!.", ri-se. E quando não está a trabalhar, está a ler peças e a pensar se as pode fazer (adaptou com Rui Unas Pedras nos Bolsos, uma peça irlandesa que levou á Malaposta). " Ás vezes até me espanto que me paguem!" Depois, do pouco que lhe sobra vai ao cinema, ás vezes "hiberna" no sofá a ver filmes ou séries de seguida. "Gosto de trabalhar, porque quando não estou a trabalhar sou uma seca". ri-se. "Ah! Também gosto muito de comer e de cozinhar e de experimentar restaurantes." E de ir aos mesmos sitios, onde as pessoas já o conhecem, até estacionar no mesmo lugar. " É isso, não consigo deixar essas coisas e ir lá para fora. É tudo o que sou e mefaz feliz." E quando viaja leva a familia atrás, ""tipo cigano".
 Quando lhe perguntamos qual é a grande herança que quer deixar ao filho Santiago, Diogo responde sem pensar muito: " Ser honesto. È o mais imprtante. As pessoas têm de particar a honestidade, é muito fácil deixarmos de o ser sem nos apercebermos. Pimeiro connosco e depois  com os outros. Se for um exercicio diário, fomentamos isso á nossa volta. Dizer a veradde é gostar daquela pessoa. Dizer o que se sente, mesmo que não seja do agrado do outro. Pode demorar mais tempo a crescer para seja o que for, mas quando chegas lá vais ser melhor."

 

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