"Todos dizem ser forte o rio que tudo arrasta. Ninguém diz serem fortes, as margens que o comprimem"

sexta-feira, 15 de novembro de 2013

Diogo Morgado na Disney





Diogo Morgado: "Cresci, mas continuo uma criança"



Bonecada, flocos de neve, músicas que entram pelo ouvido e que já não saem. É assim o Natal na Disney, em Paris. A Notícias TV viveu as primeiras emoções ao lado de Diogo Morgado.
É fácil perdermo-nos por ali. "Continuo uma criança. Cresci, mas continuo uma criança", confessa Diogo Morgado, 32 anos. Atrás de si, o castelo da Bela Adormecida dá o tom de fantasia. Estamos nos arredores de Paris na Disneyland, o parque temático da mais potente marca mundial da indústria de entretenimento infantojuvenil.
Estamos nós e mais centenas de jornalistas de todo o mundo, convidados para o lançamento da temporada de Natal do parque. Por todo o lado, cheira a festa. Há enfeites a preceito nas ruas, há música natalícia a sair de cada coluna estrategicamente colocada nos candeeiros, há neve artificial que ora vai caindo ora se apresenta em mantos brancos, há paradas de bonecos, dos clássicos Mickey, Donald e Pateta às recentes estrelas de Frozen - O Reino do Gelo, a nova aposta Disney para a temporada cinematográfica.
"Isto é fantástico, nada foi deixado ao acaso. Eu já tinha estado noutros parques da Disney, mas não conhecia este. É fantástico, tudo nos remete para este universo de sonho, de cor, de alegria", conta àNotícias TV Diogo Morgado, ele que será em Frozen a voz de Kristoff, um verdadeiro homem da natureza e que vive no alto da montanha a recolher gelo. "Eu já tinha trabalhado com a Disney. Dei a voz a Bulldog no filme Aviões, mas já tinha interpretado outras vozes noutras reedições de clássicos como Aristogatos, entre outros. É sempre um grande prazer porque, apesar de ser trabalho, é quase como voltar às origens."
O ator português, que viveu um ano absolutamente louco com o seu sucesso na minissérie A Bíblia, não esconde que os filmes e animações da Disney sempre exerceram em si um "grande fascínio". "Eu lembro-me de ver os filmes em casa quando era miúdo e, mais tarde, com o meu irmão, que é mais novo do que eu. Mas ainda hoje sei algumas das passagens da Pequena Sereia [risos]. É capaz de ser o filme da Disney que mais me marcou", admite.
À sua volta, Santiago, o filho de 4 anos, não sossega um minuto. Olha para todo o lado com o brilho do olhar próprio da idade. "Ele adora isto, é um radical, está a adorar o parque e quer andar em todas as atrações", brinca. Do seu primeiro filho, fruto do casamento com Cátia Oliveira, Diogo espera é que ele "seja feliz" e um "homem com valores". "Até nisso a Disney é especial e verdadeiramente intergeracional. Há os clássicos que gostamos sempre de revisitar e há as novas animações. Todas têm um objetivo, uma lição, mas, ao contrário do que se passa habitualmente com a programação infantojuvenil, a Disney não torna o mundo cor-de-rosa. Claro que há uma magia permanente, claro que há os valores do Bem e do Mal, claro que há princípios, mas estes filmes também falam da dor, do sofrimento, porque eles existem na vida real. Queres um melhor exemplo do que o Bambi, que perde a mãe?", questiona.
A conversa corre serena, à mesa. Diogo está à vontade. Ao longo de três dias com jornalistas portugueses, desdobra-se em entrevistas, disponibiliza-se para variadas sessões fotográficas, conversa tranquilamente quando os gravadores estão desligados. Brinca, enturma-se, não se recolhe em vedetismos que a notoriedade mediática do último ano lhe podiam trazer. "Sim, fazer a Bíblia foi importante, porque a minissérie teve um grande sucesso, que ninguém estava à espera, mas eu continuo a ser o mesmo de sempre. Costumo dizer que continuo a ser o mesmo miúdo que nasceu na Margem Sul com vontade de aprender."
À Notícias TV, o Hot Jesus, como Oprah Winfrey o batizou ("confesso que estou um bocadinho cansado dessa designação, dessa brincadeira, mas percebo que fique colada à minha personagem") não esconde que A Bíblia abriu vários portas. "Isto não aconteceu por acaso, trabalhei para isso. Quando decidi que queria apostar também numa carreira internacional, arranjei um agente para fora de Portugal, mas continuo a ser o mesmo ator e não me tornei diferente. Apenas tenho hoje mais uma experiência do que tinha", diz o ator, que pode ser visto diariamente em Sol de Inverno.
"Estarei sempre grato à SIC pela dedicação e pelo carinho com que sempre me tratou. A SIC apostou em mim em várias fases da minha vida. No Amo-te Teresa, na Vida Privada de Salazar, no Perfeito Coração, nos LaçosdeSangue, enfim, tem sido uma relação sólida, forte, cúmplice. E isso, aconteça o que acontecer, nunca esquecerei", conta.
A conversa vai longa, mas Diogo Morgado não dá sinais de cansaço. Na agenda, além da visita ao parque, na companhia dos jornalistas, e da apresentação mundial do Disney Dreams of Christmas, o novo espetáculo de Natal, interativo, gráfico e terrivelmente impactante, projetado no castelo da BelaAdormecida, o ator tem ainda outras entrevistas. "Olha as horas, está toda a gente à tua espera", lembram-lhe. Diogo dá resposta pronta: "Sabes que sou assim, falo pelos cotovelos. Além disso, para aNotícias TV, tudo. Gosto muito do vosso trabalho, vocês respeitam os atores e os profissionais do mercado. É uma revista diferente, especial."
Está na hora da parada Disney, o desfile de estrelas e bonecos pelas ruas enfeitadas e apinhadas de gente que se repete ao longo do dia. A chuva cai impiedosa, mas ninguém arreda pé, de olhos esbugalhados e cabeças no ar. O olhar de Diogo Morgado não engana. "Acredita em mim. Já te disse, sou uma criança"...

















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